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Brasil

Nordeste é a região com mais mortes violentas de LGBTQIA+

Publicada em 26/01/23 às 15:54h - 60 visualizações

por Cidade Verde


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 (Foto: Freepik )

O Grupo Gay da Bahia divulgou nesta semana dados sobre mortes violentas de pessoas LGBTQIA+ em 2022 no Brasil. De acordo com o levantamento, o Nordeste é a região que lidera a quantidade de homicídios, com a Bahia em primeiro lugar registrando 27 mortes e o Piauí na 19º posição, com quatro ocorrências.

Em entrevista ao Cidadeverde.com, a vice-coordenadora do Grupo Matizes, Marinalva Santana, disse que apesar da pequena quantidade registrada, existem casos de subnotificação no Piauí.

“Com certeza tem subnotificação, sempre teve. Muitos crimes de ódio contra LGBTs, por falta de preparo da polícia, são tratados como crimes comuns, como latrocínio ou outro tipo de crime e isso também é um problema de subnotificação. Às vezes a gente acompanha muitos crimes que a gente entende que tem motivação homofóbica, mas a polícia trata como outro crime”, diz Marinalva.

No cenário nacional, os dados apontam que 256 LGBTQIA+ foram vítimas de mortes violentas, sendo 242 homicídios (94,5%) e 14 suicídios (5,4%). O Brasil também continua sendo o país onde mais LGBTQIA+ são assassinados no mundo, sendo uma morte a cada 34 horas.

  • Nordeste: 111 mortes (43%)
  • Sudeste: 63 mortes (24%)
  • Norte: 36 mortes (14%)
  • Centro-Oeste: 31 mortes (12%)
  • Sul: 15 mortes (5%)

O levantamento detalha que gays também é o grupo mais vitimado por mortes violentas, apesar de trans, que representam por volta de um milhão de pessoas, correrem 19% mais risco de crimes letais que homossexuais. Entre as vítimas estão dois heterossexuais que foram confundidos com gays.

  • Gay: 134 mortes
  • Travesti/Transsexual: 110 mortes
  • Bissexual: 5 mortes
  • Lésbica: 4 mortes
  • Heterossexual: 2 mortes
  • Homem trans: 1 morte  

Marinalva Santana ressalta ainda que um dos motivos dessa subnotificação de casos é a falta de políticas públicas e da desativação do Disque 100, um canal para denúncia de violação contra direitos humanos. 

“Nos últimos quatro anos do governo Bolsonaro o serviço Disque 100, que recebia denúncias de violação contra direitos humanos, foi desativado, as políticas foram desmanteladas, a Coordenadoria de Diversidade e quando a gente ver que a nível federal há um sucateamento das políticas públicas, os estados tendem a seguir isso”, acrescenta.

Já sobre a faixa etária das vítimas, o painel destaca que LGBTQIA+ entre 18 a 29 anos são a maioria.

  • 13 a 17: 14 mortes (5%)
  • 18 a 29: 112 mortes (43%)
  • 30 a 39: 51 mortes (19%)
  • 40 a 49: 41 mortes (16%)
  • 50 a 59: 21 mortes (8,2%)
  • 60 e mais: 9 mortes (3%)
  • Sem informações: 8 mortes (3%)

A vice-coordenadora do Matizes disse ainda que protocolou um ofício para se reunir com o governador do Piauí, Rafael Fonteles (PT), para apresentar os dados sobre crimes contra pessoas LGBTQIA+ no estado e pedir retorno de ações. 

“Nós fizemos um oficio para ter uma reunião com o governador para apresentar a ele esses dados, a precarização das políticas, o aumento de violência, a precarização das delegacias, ainda não recebemos retorno e vamos começar a denunciar isso”, destaca. 

Mais dados 

O Observatório do Gupo Gay da Bahia 2022 comparou ainda o número de assassinatos com a quatidade de habitantes das cidades brasileiras. Segundo o levantamento, Timon (MA) com a população de 161.721 é o município mais inóspito para um LGBTQIA+, sendo 62 vezes mais perigoso que São Paulo. 

Já o estado mais "gayfriendly" é o Rio Grande do Sul e o mais homofóbico é o Amapá, com quatro vezes mais mortes violentas que a média nacional. 

Veja posição completa dos estados: 

  • BA: 27 mortes
  • SP: 25 mortes
  • PE 20 mortes
  • MG: 18 mortes
  • MA: 15 mortes
  • PA: lgb15 mortes
  • AM: 14 mortes
  • CE: 14 mortes
  • RJ: 13 mortes
  • AL: 12 mortes
  • PR: 11 mortes
  • ES: 10 mortes
  • MT:  9 mortes
  • MS: 8 mortes
  • GO: 7 mortes
  • PB: 7 mortes
  • RN: 6 mortes
  • DF: 5 mortes
  • PI: 4 mortes
  • AP: 4 mortes
  • SE: 4 mortes
  • RR: 2 mortes
  • RS: 2 mortes
  • SC: 2 mortes
  • RO: 2 mortes

 

 




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