Ninguém escapou no desastre com o voo 111 da Swissair, um McDonnell Douglas MD-11, que caiu nas águas do Oceano Atlântico, no dia 2 de setembro de 1998 e matou todos os seus 229 ocupantes. Quase todos os passageiros eram norte-americanos.
O avião partira do aeroporto JFK, em Nova Iorque, com destino a Genebra, na Suíça. Cerca de 50 minutos após a decolagem, os pilotos começam a sentir um cheiro estranho proveniente da central de ar condicionado, daí gerando fumaça e o descontrole total do aparelho, que caiu no mar. Todos os seus ocupantes, 215 passageiros e 14 tripulantes, morreram. A identificação visual de um corpo só foi possível em apenas uma das 229 vítimas.
Quando começou a surgir fumaça, os pilotos emitiram um sinal de socorro e receberam autorização para aterrissar em emergência no Aeroporto Internacional de Halifax, na Nova Escócia. Não houve mais tempo. Às 22h31 (hora local), os habitantes de Nova Escócia que moravam mais perto da costa sentiram as suas casas tremer com o embate do McDonnell Douglas MD-11 nas águas do Oceano Atlântico, a apenas 13 quilômetros das margens da comunidade de Peggys Cove, que fica a 43 quilômetros a sul de Halifax.
A última mensagem a ficar gravada foi “temos de aterrissar imediatamente”. Eram 22h24 e seis minutos depois o aparelho despenhou-se no Atlântico.
A pequena vila escociana de Peggys Cove – cerca de 60 habitantes na altura – transformou-se neste dia 2 de setembro, assim como todo o país. Os relatos eram emocionantes. Foram os pescadores locais que ajudaram na procura por sobreviventes, foram os habitantes que receberam os familiares das vítimas em suas casas, a comunidade ficou com a cicatriz daquele incidente nas suas margens de forma indelével, também através do memorial em pedra que ainda hoje lá se encontra, com os nomes de todos os que morreram naquele mar.
