O homem preso após apontar uma arma contra a vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, em Buenos Aires, nasceu no Brasil, mas é filho de um chileno e uma argentina e vive no país vizinho desde 1993. Fernando André Sabag Montiel, de 35 anos, tem antecedentes criminais e supostas ligações com grupos extremistas.
A polícia parou, em 17 de março de 2021, o carro do brasileiro, que estava sem placa traseira. Ao abrir a porta do condutor, uma faca de 35 centímetros caiu no chão. Fernando alegou portar a arma para autodefesa e foi liberado com uma notificação, diz o jornal Clarín. Sabag Montiel é registrado como motorista de aplicativo. Ele possui um Chevrolet Prisma preto.
O mesmo periódico afirma que o homem detido tem tatuagens referentes ao nazismo e interagia com publicações de grupos extremistas a partir de perfis nas redes sociais que foram retirados do ar. Uma das tatuagens é o "Sol Negro", símbolo usado por grupos neonazistas.
Trata-se de 12 raios no formato do ícone da "SS", a Polícia do Estado Nazista, conectados a um círculo preto no centro da imagem. Ele também marcou na pele ícones nórdicos cooptados por simpatizantes do Terceiro Reich.
Ainda conforme o Clarín, o brasileiro usava o codinome "Salim" no Facebook e no Instagram. Uma das publicações é sobre uma aparição na TV. Ele disse que concedeu a entrevista para fazer críticas ao governo. O texto da postagem encerra com os dizeres: "Nem Milei (parlamentar especulado à disputa presidencial de 2023), nem Cristina".
100 balas em casa
A Polícia Federal da Argentina apreendeu na manhã desta sexta-feira, 2, ao menos 100 balas calibre 9 milímetros e um notebook na casa do brasileiro Fernando Sabag Montiel, de 35 anos, preso no dia anterior por tentar atirar contra a vice-presidente Cristina Kirchner, diante da casa dela, no bairro da Recoleta, em Buenos Aires. A operação foi realizada no bairro de San Martín, na capital portenha. O material será periciado.