A NBA e o esporte como um todo perderam, nessa terça-feira (21/3), uma de suas lendas. Willis Reed, pivô e ídolo do New York Knicks que brilhou nas décadas de 60 e 70, morreu aos 80 anos. A notícia foi anunciada pela própria franquia.

Bicampeão da NBA defendendo as cores dos Knicks, eleito MVP das finais de 1969-70 e 1971-72 e sete vezes nomeado para o All-Star Game, Reed enfrentava problemas cardíacos e passava por tratamentos no Instituto do Coração do Texas, na cidade de Houston.

Reed jogou dez temporadas na NBA, de 1964 a 1974, todas defendendo a franquia de New York e marcou história. Seu momento mais icônico ocorreu durante o jogo 7 das finais da NBA de 1970, contra o Los Angeles Lakers. Depois de desfalcar o time no jogo anterior com um lesão na coxa, o ex-pivô chocou a todos presentes no Madison Square Garden aparecendo durante o aquecimento do time.

O jogador entrou em quadra para marcar as duas primeiras cestas de NY na partida e acabou como MVP das finais e herói do primeiro título da histórica franquia. Dois anos depois, Reed brilhou novamente e foi outra vez campeão da liga, segundo título dos Knicks e novamente MVP das finais.

Com 1.80m, o jogador conseguiu ter impacto dos dois lados da quadra, mesmo sendo menor que seus adversários de garrafão e aparecendo com médias de 19 pontos e 13 rebotes por jogo durante sua carreira, para ingressar no Hall da Fama da liga após sua aposentadoria.

O jogador parou de jogar aos 31 anos de idade, em 1974, devido a lesões. Posteriormente, voltou aos Knicks como treinador, mas ficou pouco tempo no cargo, assumindo o time da Universidade de Creighton, onde permaneceu de 1981 a 1985.

Em 1988, se juntou ao New Jersey Nets, primeiro como técnico e depois como dirigente, ajudando o time a se tornar potencial candidato ao título da liga no começo dos anos 2000.

Em comunicado divulgado nas redes sociais, os Knicks fizeram uma breve homenagem ao bicampeão. “A organização Knicks está profundamente triste em anunciar a morte de nosso amado capitão, Willis Reed. Enquanto lamentamos, sempre nos esforçaremos para manter os padrões que ele deixou para trás – a liderança incomparável, o sacrifício e a ética de trabalho que o personificaram como um campeão entre os campeões. Seu legado viverá para sempre. Pedimos a todos que respeitem a privacidade da família durante este momento difícil”, lamentaram os Knicks em nota.

O número do atleta, o 19, foi o primeiro a ser aposentado na história da franquia, em 1976.