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Piauí

Penitenciária Feminina conta com ações da Justiça Restaurativa

Publicada em 30/06/22 às 16:22h - 106 visualizações

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 (Foto: TJ-PI)
O Tribunal de Justiça do Piauí implantou na última quarta-feira (29/06) a política pública de justiça restaurativa na Penitenciária Feminina de Teresina. A justiça restaurativa visa reparar os danos e trazer ao ofensor a responsabilização pelos seus atos e possui, como maior benefício, a ressocialização e a reabilitação daqueles que cometeram crimes.

“As internas da Penitenciária Feminina passam a contar, a partir de hoje, com uma metodologia específica de solução de conflitos que prima pela criatividade e sensibilidade na escuta das vítimas e dos ofensores, com iniciativas cada vez mais diversificadas e que colecionam resultados positivos. O que esperamos, com a implantação da justiça restaurativa no sistema prisional, é a conscientização dos internos para a necessidade de se responsabilizar pelos danos causados, para além do cumprimento da pena, não reincidindo em atos ilegais”, ressalta o presidente do Tribunal de Justiça, desembargador José Ribamar Oliveira.

Segundo o coordenador do Núcleo de Justiça Restaurativa do TJPI, juiz Georges Cobiniano, a justiça restaurativa é orientada pelos princípios da corresponsabilidade, reparação dos danos, atendimento às necessidades de todos os envolvidos, informalidade, voluntariedade, imparcialidade, participação, empoderamento, consensualidade, confidencialidade, celeridade e urbanidade.

“A lei de execução penal prevê práticas educativas como fundamentos para remição de pena e qual a razão disso? A pena, para que faça sentido, tem que visar à ressocialização e reintegração dos apenados na sociedade e essa é justamente a finalidade da justiça restaurativa: proporcionar que os apenados compreendam o dano causado pelos seus atos nos indivíduos, de forma direta, e na comunidade; através dessa conscientização, buscamos evitar o fenômeno da reincidência” destacou o magistrado Georges Cobiniano.

Para o coordenador do Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário, juiz Vidal de Freitas, a implantação da justiça restaurativa no sistema prisional representa um avanço nas atividades de reeducação e ressocialização dos internos.

“Os juízos competentes poderão, a seu critério, contar a frequência de pessoas em cumprimento de pena privativa de liberdade nas reuniões dos Pré-Círculos, Círculos Restaurativos e Pós-Círculos realizados pelo Núcleo de Justiça Restaurativa como tempo para remissão de pena. A frequência irá acompanhada de relatório de participação e aproveitamento, segundo critérios objetivos, equivalente cada reunião a quatro dias. O máximo, somando Pré-Círculos, Círculos e Pós-Círculos, será de 48 dias”, explicou o juiz Vidal de Freitas.

O programa Justiça Restaurativa para a Liberdade é executado pelo Comitê de Gestão Institucional da Política de Justiça Restaurativa e Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário do Tribunal de Justiça do Piauí e tem como parceiros a Secretaria de Justiça do Piauí-SEJUS; o Conselho Nacional de Justiça e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento-CNJ/PNUD; a Secretaria Estadual de Assistência Social e Cidadania-SASC, o Conselho da Comunidade, a Pastoral Carcerária, a Comissão de Direito Sistêmico e Justiça Restaurativa da OAB/PI e a Coordenadoria da Defensoria no sistema penitenciário.

No âmbito do Judiciário piauiense, a justiça restaurativa é aplicada segundo a Resolução nº 225/2016 – CNJ, que regula a elegibilidade e a oferta das práticas restaurativas, bem como de acordo com a Política Estadual de Justiça Restaurativa, instituída pelo Provimento do TJPI nº 02/2021.



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